POEMA DA CIRCUNSTÂNCIA
Um russo morreu no céu. Onde será o entêrro? As flôres lá não chegam para ornar o caixão do morto.
Certo, não haverá dobre de sino nem cânticos da Ave Maria. O carro fúnebre ficou parado à porta da casa mortuária
O coveiro não foi abrir a sepultura: permaneceu de pé, estático com o olhar perdidamente no azul.
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